segunda-feira, novembro 16

A Fazenda 2 estreia e ex de Theo Becker mostra que tem sorte



Por volta das 22h30 de domingo, logo após Gugu Liberato reformar e entregar uma casa decorada para um garotinho (lembrando que criatividade não é um ponto forte da televisão brasileira), eis que outro apresentador da Record, Britto Jr., anuncia o iniício da segunda edição do reality show A Fazenda.

Sem muita enrolação e na frente de uma plateia animada, começou a chamada de cada um dos participantes. Mas por conta de um erro no site do programa, a lista dos "famosos" vazou durante o dia, portanto, não havia muita surpresa nesse momento, apesar das tentativas da emissora de manter sigilo.

sexta-feira, novembro 13

João Miguel fala sobre Hotel Atlântico e vontade de trabalhar na TV

João Miguel participou de algumas das melhores produções do cinema brasileiro nos últimos anos. Ele foi protagonista de Cinema, Aspirinas e Urubus (de Marcelo Gomes) e Estômago (de Marcos Jorge), participou de Céu de Suely (Karim Aïnouz), Cidade Baixa (Sérgio Machado), Se Nada Mais Der Certo (José Eduardo Belmonte) e atualmente está em cartaz com Hotel Atlântico, da diretora Suzana Amaral. O filme foi adaptado do livro homônimo de João Gilberto Noll e é a terceira transposição literária da diretora para o cinema.

O ator interpreta Sebastião, um enfermeiro que tem papel fundamental na jornada do protagonista vivido por Julio Andrade. "No livro Sebastião era negro, fazendo parte de uma minoria gaúcha. Na transposição para o filme, Suzana quis desterritorializar mas nem por isso o personagem perdeu a força que dificuldades de vida trouxeram para ele. Sebastião é um suporte para o protagonista que, inclusive, tem uma das atuações mais sensacionais já feitas do cinema", elogia o amigo e companheiro de set.

quinta-feira, novembro 5

Brasileiros que concorrem a prêmio da Mostra deixam a desejar

Na quinta-feira (05/11) acontecerá o encerramento da 33ª Mostra Internacional de São Paulo e o anúncio dos vencedores do Troféu Bandeira Paulista.

São 12 filmes concorrendo, sendo Bollywood Dream - O Sonho Bollywoodiano de Beatriz Seigner e Um Homem Qualquer de Caio Vecchio os representantes brasileiros. Os dois não são, nem de longe, bons filmes.

A idéia de Bollywood Dream até que é interessante: três amigas, atrizes brasileiras, partem para a Índia com a vontade de ingressar no mercado local de cinema (conhecido mundialmente pela imensa produção em termos de quantidade). O objetivo é um só: ganhar dinheiro.

Mas o filme deixa muito a desejar. Tudo bem que o orçamento foi curto (apenas US$ 20 mil), e a falta de estrutura técnica dá até um certo charme à opção "câmera na mão seguindo as personagens em suas aventuras pelas ruas da Índia". Mas, o amadorismo da imagem e as péssimas dublagens que tornam alguns momentos dramáticos risíveis, incomoda.

terça-feira, novembro 3

Jim Carrey finalmente encontra a boa dose da comédia


Jogando no liquidificador um pouquinho de Prenda-me Se For Capaz, com Milk, muita comédia e romance, teremos o recheio de I Love You Phillip Morris.

No filme, Steven se apaixona por Phillip na cadeia e faz de tudo para que os dois sejam felizes. Esse é o resumo. Mas Steven Russel, vivido por Jim Carrey, é uma figura cheia de artimanhas para conseguir o que quer. E o ator, apesar de pequenos deslizes relembrando todas as caretas e exageros dos seus tempos de Ace Ventura, parece que descobriu uma boa fómula de fazer comédia na medida certa.

Ewan McGregor é o tal objeto de desejo tão citado até no título na história; tímido, gay e radiante, com trejeitos, olhares e sorrisos. E como Steven tem muito bom gosto, seu primeiro namorado foi Rodrigo Santoro, que ainda não aparece tantro quanto os fãs brasileiros gostariam nessas produções internacionais, mas que é marcante e quase convincente na pele do homossexual Jimmy.

segunda-feira, novembro 2

Filme de Beto Brant tem muito conceito e pouca qualidade técnica

O Amor Segundo B. Schianberg é uma experimentação. O filme é uma reunião, com alguma mudanças, de episódios da série com o mesmo título exibida pela TV Cultura, dentro do projeto Direções.

Essa foi a primera experiência do diretor Beto Brant (de Cão sem Dono, Crime Delicado, O Invasor, Ação entre Amigos, Os Matadores) na TV. E ele resolveu inovar, testar novas formas e conceitos, principalmente na captação das imagens.

Como em arte conceito é tudo, na teoria o fato de ser um tipo de ficção misturada com reality show por conta das câmeras espalhadas dentro do apartamento, que vigiavam as conversas e ações dos dois personagens, deveria até funcionar bem. Mas, sinceramente, a má qualidade de imagem e som, com muitos barulhos externos, não ajuda em nada para valorizar o diálogo entre os atores Marina Previato (que na verdade não é atriz, ou pelo menos não era até esse filme) e Gustavo Machado (de Nome Próprio, Quanto Dura o Amor? etc).

Singularidades de uma Rapariga Loura diverte e nada além disso

Macário (Ricardo Trêpa), contador que trabalha na loja do tio, se apaixona loucamente por uma garota loura que todos os dias se abana com um leque chinês em frente à sua janela. A típica Lolita dos dias atuais é Luísa (Catarina Wallenstein), garota com feições angelicais e olhar malicioso, descrita em 1902 pelo português Eça de Queiroz.

Pois seu conterrâneo, o diretor centenário Manoel de Oliveira, desenvolveu a partir do conto Singularidades de Uma Rapariga Loura o roteiro de seu mais recente longa, exibido em São Paulo na 33ª Mostra Internacional de Cinema.

Para quem conhece a literatura de Queiroz, ou mesmo suas adaptações feitas para TV e cinema como Os Maias ou O Primo Basílio, reconhece rapidamente o tom crítico à sociedade portuguesa. E a adaptação sendo do país, com atores, sotaques e diretor locais, parece ainda mais crível e fascinante. A história é simples e acaba quando, pelo menos no que se espera de um longa metragem, toda a problemática estaria apenas começando.