quarta-feira, abril 11

Maio e seus buquês



Um Linda Mulher, Um Lugar Chamado Notting Hill, Noiva em Fuga... 


Por conta de uma afirmação que fiz no texto sobre Once Upon a Time (sobre os danos que contos de fadas causam na vida adulta de muitas mulheres), por ter visto uma imensa quantidade de matérias em blogs de moda e decoração sobre casamentos nos últimos tempos - afinal, maio está chegando - e estimulada por uma conversa que tive recentemente com uma amiga, parei para pensar seriamente nessa questão. Sim, sobre casórios.

Assim como o personagem principal de 500 Dias Com Ela acreditava que a música pop nos transformava em românticos e, consequentemente, sofredores inveterados, eu atribuo isso às princesas. No meu caso específico, já que meu pai não era muito chegado nesse tipo de história (ele preferia usar meninos ou meninos que tocavam nas coisas e elas ficavam verdes, azuis, vermelhas ou viravam queijo, por exemplo), eu culpo as Barbies, a Pequena Sereia e Julia Roberts. 

segunda-feira, abril 9

Um pouco de fantasia, por favor



Meninas gostavam das princesas, dos vestidos, sapatinhos, capas vermelhas, príncipes encantados e do "felizes para sempre" - apesar do estrago que isso, posteriormente, pode ter causado em muitas quando o assunto é relacionamento amoroso. Já os meninos - imagino eu apesar de não ter tido irmãos ou primos muito próximos para acompanhar de perto a recepção por parte do sexo oposto das histórias infantis - gostavam das descrições de lutas, espadas, duelos, fugas à cavalo e aventuras. 

Fato é que todo mundo cresce e, mais do que nunca, o entretenimento adolescente/adulto - e não, não me refiro aos pornôs - investe em histórias fantásticas para atrair um público que, cada vez mais, demonstra interesse e fidelidade pelo formato de seriados na TV. Algo diferente dos milhares que estreiam em todas as temporadas sobre médicos, advogados e investigadores. 

No dia 02/04 aconteceu a pré-estreia brasileira do piloto da primeira temporada de Once Upon a Time (que seria o clássico "Era uma vez" em tradução livre). A partir do dia 12 ela será exibida na Sony todas as quintas-feiras, às 21h. A novidade aqui é que não se trata de vampiros, lobisomens, feiticeiros e criaturas fantásticas de qualquer natureza (como em Buffy, Charmed, Supernatural, True Blood, Vampire Diaries, Teen Wolf, Secret Circle etc). 

quinta-feira, dezembro 15

Monotemática


Aos 30 anos, me parece ridículo usar tintas de cores exóticas nos cabelos, minissaia e meias 3/4. 

Parece ridículo abusar dos babados e estampas de bichinhos, enfeites com lacinhos e usar o diminutivo ao falar.

Aos 30, ser romântica é pecado, ser dependente é sempre condenado e ser neurótica é mais do que esperado.

Aos 30, eu deveria estar segura o bastante para transitar entre as cores berrantes e o ímpeto dos 15, e a discrição e serenidade dos 50, caso me desse na telha. 

A usar roxo da cabeça ao pés, assumir certos pêlos, entender os meus cabelos, aceitar as ações, orientar as emoções e sorrir. Eu até poderia escrever declarações de amor, mas sem o medo absurdo de parecer ridícula.

Os 30 mereciam mais de mim. Eu merecia mais dos 30.


domingo, novembro 27

O maravilhoso mundo dos seriados

Os bonitos de Grey's Anatomy


No domingo eu quis tatuar um infinito duplo no pulso e me vingar dos inimigos, elaborando planos e estratégias como em um perfeito jogo de xadrez.

Quis vencer um caso complicado apesar dos juízes corruptos e da calça comprida. Quis quebrar todos os vidros do carro com um taco de beisebol e deixar um beijo de batom vermelho no retrovisor.

Eu quis ser cientista e desevendar crimes tendo apenas uma fibra de algodão como pista.

Quis ser cirurgiã, capaz de abrir a cabeça de uma garota e retirar um imenso tumor, ou reconstruir a mão de um artista.

Eu quis ter dúvidas sobre a eutanásia de uma amiga e uma imensa vontade de gerar filhos.

Eu quis esquecer o meu mundo por algumas horas e consegui, sem contar com os intervalos..

sexta-feira, novembro 18

Sei não



Não sei se a culpa é da percepção de que três décadas de uma vida passaram e pouco foi feito. 

Não sei se é o momento de readaptação após voltar de um lugar onde eu gostaria de ter ficado. 

Não sei se são os oito quilos a mais que me fazem repelir as imagens refletidas em espelhos - ou em vídeos que insisto em fazer para o trabalho. 

Não sei se é uma crise geral por não conseguir imaginar que um dia conseguirei ganhar dinheiro para comprar um apartamento meu e poder quebrar todas as paredes, além de colorir as que sobrarem. 

Ou dinheiro para conhecer o mundo, já que aos 30, não pisei em sequer um décimo das terras estranhas que gostaria de ter entre meus dedos. 

Não sei se é a falta de iniciativa para pôr em prática todos os planos mentais que fiz para minha vida. 

Não sei se é a culpa pela preguiça. Ou a culpa pela eterna culpa.

Só sei que hoje senti falta de escrever. 

O que ando fazendo





quarta-feira, setembro 21

A vida sem Charlie Harper



Gosto muito de seriados mas, definitivamente, não gosto tanto das comédias. Simplesmente não consigo ser atraída de um jeito como sou pelas outras, de diferentes temáticas. Mas é fato que, por mais que ache bacana e divertido, não me dedico a tentar assistir todos episódios, acompanhar e ficar ansiosa com o que está por vir.   

Nunca fui assim com Friends, Will & Grace, Everybody Loves Raymond, Big Bang Theory, How I Met Your Mother etc. No máximo Love and Marriage, The Office e Seinfeld despertaram uma vontadezinha de ver tudo mas sempre perderam espaço para outras tipo True Blood, Dexter, House, CSI, Law and Order, Sex and The City, Studio 60, Pushing Daises, Ally McBeal, Wonder Years...

segunda-feira, setembro 12

Confissões de uma balzaca

Parabéns pra mim
Fiz 30 anos. E estava em SP. Não tive vontade de escrever e descrever tudo o que aconteceu, apesar de ter sido um dia bom. 

E agora tenho 30 anos na cidade. E me sinto como uma adolescente no auge da cegueira emocional que sonha, planeja, insiste, implora e se descabela para que o garoto desejado lhe dê o mínimo de atenção.

Fico assim, esperando que Paulo (a.k.a O Cinzento) me trate bem. E às vezes questiono se realmente estou sendo insistente como uma adolescente mimada ou estou apenas agindo como uma mulher que tenta ser madura e independente o bastante para correr atrás do que quer, mesmo que vez ou outra vacile e se confunda ao pensar sobre o que quer. 

Só sei que tenho 30 anos, malas espalhadas por aí e vários sentimentos que diariamente matam o tempo se divertindo cruelmente numa imensa e sinuosa montanha russa.

quarta-feira, agosto 17

64 quilos



Na noite de ontem, pela primeira vez desde que voltei dos Estados Unidos, abri as duas malas que trouxe de lá. E senti que minha energia foi completamente sugada. Foram quase 7 meses de coisas amontoadas e, juntas, pesando 32 kg em seus lugares determinados para a viagem, a mudança.

Tive que bagunçar tudo, tirar tudo de sua suposta harmonia compactada e inundar minha cabeça de lembranças. Em alguns momentos até senti o cheiro da casa e das ruas de Davis.