tag:blogger.com,1999:blog-85380493494429382392024-03-06T06:16:23.708-03:00Peixe Morre Pela BocaPalomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.comBlogger66125tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-74260764168326160342012-04-11T12:33:00.000-03:002012-04-11T22:45:09.630-03:00Maio e seus buquês<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbhyeu_x0PaQ2JWbdpiD0yIvg94bwTCfHs5ejBRxXVs5accYkxxIAayhD198dljfo8Q1a1vqOQtxvy_kq_gcsX4UKCj9P1IImZU9_bpu3dgMm9V2RFacprpA8ytuyWx2-Sf6zKIidWFjY/s1600/Julia-Roberts.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbhyeu_x0PaQ2JWbdpiD0yIvg94bwTCfHs5ejBRxXVs5accYkxxIAayhD198dljfo8Q1a1vqOQtxvy_kq_gcsX4UKCj9P1IImZU9_bpu3dgMm9V2RFacprpA8ytuyWx2-Sf6zKIidWFjY/s400/Julia-Roberts.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Um Linda Mulher, Um Lugar Chamado Notting Hill, Noiva em Fuga...</i> </td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: justify;"><br /></span><br />
<span style="text-align: justify;">Por conta de uma afirmação que fiz no texto sobre </span><i style="text-align: justify;">Once Upon a Time</i><span style="text-align: justify;"> (sobre os danos que contos de fadas causam na vida adulta de muitas mulheres), por ter visto uma imensa quantidade de matérias em blogs de moda e decoração sobre casamentos nos últimos tempos - afinal, maio está chegando - e estimulada por uma conversa que tive recentemente com uma amiga, parei para pensar seriamente nessa questão. Sim, sobre casórios.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Assim como o personagem principal de <i>500 Dias Com Ela</i> acreditava que a música pop nos transformava em românticos e, consequentemente, sofredores inveterados, eu atribuo isso às princesas. No meu caso específico, já que meu pai não era muito chegado nesse tipo de história (ele preferia usar meninos ou meninos que tocavam nas coisas e elas ficavam verdes, azuis, vermelhas ou viravam queijo, por exemplo), eu culpo as Barbies, a Pequena Sereia e Julia Roberts. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E por mais que eu venha de uma família de "separados" por todos os lados e sempre duvidei da longevidade de relacionamentos, hoje percebo que mudei um pouco minha opinião sobre esse tipo de coisa.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando adolescente, nunca pensei que casaria de forma tradicional - porque o terrível romantismo herdado das mocinhas citada há pouco nunca me abandonou. Não sou católica, tenho várias críticas sobre a religião e essa certeza, que dura até hoje, de que nunca casaria em um Igreja sempre existiu. Então, o ritual não me atraía. Sempre acreditei que "morar junto é estar casado". Ainda acredito nisso, afinal, casamento não é dividir a mesma casa, as contas e ainda fazer sexo? Deixando clara a última parte para que as mocinhas com quem moro não pensem que acredito em laços matrimoniais entre nós. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas então eu envelheci. Fiz 30 anos. E comecei a pensar que morar junto é massa. Mas que também não há mal nenhum em fazer uma comemoração para marcar o momento. Para reunir as pessoas, para trocar alianças, para ganhar presentes e ajudar a montar a casa de uma vida à dois. E tenho visto cada vez mais tipos de cerimônias fora dos padrões tradicionais e me encantado com essas possibilidades. Se for necessário casar em cartório, por questões práticas que podem até ser facilitadas, porque não? Soube que é facílimo separar oficialmente também. Se não tiver cartório, pode ser só festa, com discursos, sem discurso, com banda, sem banda, com Elvis ou seu Elvis, com almoço, jantar, bem casado e buquê. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei se algum dia terei uma festa de casamento. Se usarei aliança, vestido branco, rosa, roxo e viajarei para algum lugar magnífico usando o tema de "lua de mel" como desculpa. Mas, é fato, que eu penso nisso. Não como muitas que conheço que sonham com o grande dia, ou como outras que negam até a morte levantando a bandeira da indpendência mas que, no fundo, imaginam também como seria. Apenas penso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de que, preciso confessar, ainda acho estranho e até injusto como essa questão de "casamento" funciona para homens e mulheres - e digo isso numa análise extremamente "observatória" e sem nenhum fundamento científico -, mas me parece que as mulheres são condicionadas a sonhar com isso desde que nasceram. Para eles, é apenas obrigação, convenção. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No fim, o último pensamento que me resta é: "malditas princesas". </div>
<br />Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-63730395072725385802012-04-09T22:13:00.001-03:002012-04-11T22:44:36.748-03:00Um pouco de fantasia, por favor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBKBY4hvowGc5mb1jyEEE_b9_c1VPA4oRoL0KpFaoE1MrBIkVQeswmF9VJBGRrlbMO68qjvHH4Gq1mPwbvZ4EjkSkDQ1gDDMW4GSVyyhv8-HFG0Zsap_Xs7l6mqSqh9qWFK9nAXlCDOV8/s1600/once-upon-a-time-620x348.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBKBY4hvowGc5mb1jyEEE_b9_c1VPA4oRoL0KpFaoE1MrBIkVQeswmF9VJBGRrlbMO68qjvHH4Gq1mPwbvZ4EjkSkDQ1gDDMW4GSVyyhv8-HFG0Zsap_Xs7l6mqSqh9qWFK9nAXlCDOV8/s400/once-upon-a-time-620x348.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Meninas gostavam das princesas, dos vestidos, sapatinhos, capas vermelhas, príncipes encantados e do "felizes para sempre" - apesar do estrago que isso, posteriormente, pode ter causado em muitas quando o assunto é relacionamento amoroso. Já os meninos - imagino eu apesar de não ter tido irmãos ou primos muito próximos para acompanhar de perto a recepção por parte do sexo oposto das histórias infantis - gostavam das descrições de lutas, espadas, duelos, fugas à cavalo e aventuras. </span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Fato é que todo mundo cresce e, mais do que nunca, o entretenimento adolescente/adulto - e não, não me refiro aos pornôs - investe em histórias fantásticas para atrair um público que, cada vez mais, demonstra interesse e fidelidade pelo formato de seriados na TV. Algo diferente dos milhares que estreiam em todas as temporadas sobre médicos, advogados e investigadores. </span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">No dia 02/04 aconteceu a pré-estreia brasileira do piloto da primeira temporada de <i>Once Upon a Time</i> (que seria o clássico "Era uma vez" em tradução livre). A partir do dia 12 ela será exibida na Sony todas as quintas-feiras, às 21h. A novidade aqui é que não se trata de vampiros, lobisomens, feiticeiros e criaturas fantásticas de qualquer natureza (como em Buffy, Charmed, Supernatural, True Blood, Vampire Diaries, Teen Wolf, Secret Circle etc). </span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Dessa vez o foco é completamente voltado para os clássicos infantis de que todo mundo já ouviu falar. Antes de Once Upon a Time surgiu Grimm, que mistura esses contos com... investigação policial. Não consegui assistir a mais do que dois episódios. Achei chato. Achei os personagens principais sem carisma. Achei a trama pouco atraente. Não gostei.</span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Mas voltando ao que interessa, recomendo uma olhada com carinho em Once upon a time. Não se deixe desanimar pelos efeitos e chroma key sofriveis dos primeiros episódios. Tente abstrair e ficar atento ao que é interessante do roteiro: através de um feitiço, a Rainha Má condena todos os personagens da "terra da fantasia" a uma vida ordinária no "mundo real", em uma pequena cidade interiorana dos Estados Unidos chamada de Storybroke. Mas ninguém se lembra da sua outra vida. Ninguém lembra de muitos detalhes do passado. Ninguém pode deixar a cidade. Ninguém sequer lembra como chegou ali. E, claro, também existe uma trama central que envolve a tal Rainha Má (e prefeita da cidade) e parentes próximos da Branca de Neve, uma cética e outro sonhador. </span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="color: #999999; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A cada episódio conhecemos histórias da outra história, ou melhor, do universo paralelo de um habitante da cidade. Com alguns, por semelhanças físicas ou por objetos e trejeitos, é bem fácil identificar qual o seu papel ali. Mas o mais legal é conseguir perceber, através de detalhes, que personagem clássico é aquele. É bacana ver o trabalho que cada um teria se caísse de pára-quedas no nosso mundo. São histórias legais que, à principio parecem bobas mas, em alguns episódios, cortam o coração. Afinal, não são apenas os mutantes ou justiceiros mascarados que vivem atormentados.</span></div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-80272861763724691472012-03-26T13:13:00.002-03:002012-03-26T13:13:45.105-03:00sem data para voltartemporariamente fora de serviçoPalomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-90095378864535416972011-12-15T20:43:00.000-02:002011-12-15T20:44:22.000-02:00Monotemática<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFYvWZKYMi3BDwZrHuD8ofQVoKoM2jruayMRUWKig1CNd4NWx5E8EXsnMc0y8PguvgJ0s81NA6vLmg3rNxCS74yfbCqsi-sfbkwDS3QibrPr2urLTdt3E0UudKBtO44ZIxfqC9odwTos0/s1600/DSC02449.JPG" imageanchor="1"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFYvWZKYMi3BDwZrHuD8ofQVoKoM2jruayMRUWKig1CNd4NWx5E8EXsnMc0y8PguvgJ0s81NA6vLmg3rNxCS74yfbCqsi-sfbkwDS3QibrPr2urLTdt3E0UudKBtO44ZIxfqC9odwTos0/s400/DSC02449.JPG" width="400" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">Aos 30 anos, me parece ridículo usar tintas de cores exóticas nos cabelos, minissaia e meias 3/4. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Parece ridículo abusar dos babados e estampas de bichinhos, enfeites com lacinhos e usar o diminutivo ao falar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aos 30, ser romântica é pecado, ser dependente é sempre condenado e ser neurótica é mais do que esperado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aos 30, eu deveria estar segura o bastante para transitar entre as cores berrantes e o ímpeto dos 15, e a discrição e serenidade dos 50, caso me desse na telha. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A usar roxo da cabeça ao pés, assumir certos pêlos, entender os meus cabelos, aceitar as ações, orientar as emoções e sorrir. Eu até poderia escrever declarações de amor, mas sem o medo absurdo de parecer ridícula.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os 30 mereciam mais de mim. Eu merecia mais dos 30.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-28095088273210452812011-11-27T19:05:00.000-02:002011-11-27T19:06:24.294-02:00O maravilhoso mundo dos seriados<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJcVzWLzN92QwFsZ37XS03l9MMdTIi85DuRx3YRNdPIuMM0BrmJHYdRu76djmScMtFbSiuL5NIwJyKEX0GYCkre8bXhQ8XO7IMqnlusGhiNF-Cfjx2Kr7I0Bx6HfbZ611TAdvU5sRC7NQ/s1600/greys-anatomy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJcVzWLzN92QwFsZ37XS03l9MMdTIi85DuRx3YRNdPIuMM0BrmJHYdRu76djmScMtFbSiuL5NIwJyKEX0GYCkre8bXhQ8XO7IMqnlusGhiNF-Cfjx2Kr7I0Bx6HfbZ611TAdvU5sRC7NQ/s320/greys-anatomy.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os bonitos de Grey's Anatomy</td></tr>
</tbody></table><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">No domingo eu quis tatuar um infinito duplo no pulso e me vingar dos inimigos, elaborando planos e estratégias como em um perfeito jogo de xadrez.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quis vencer um caso complicado apesar dos juízes corruptos e da calça comprida. Quis quebrar todos os vidros do carro com um taco de beisebol e deixar um beijo de batom vermelho no retrovisor.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu quis ser cientista e desevendar crimes tendo apenas uma fibra de algodão como pista.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quis ser cirurgiã, capaz de abrir a cabeça de uma garota e retirar um imenso tumor, ou reconstruir a mão de um artista.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu quis ter dúvidas sobre a eutanásia de uma amiga e uma imensa vontade de gerar filhos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu quis esquecer o meu mundo por algumas horas e consegui, sem contar com os intervalos..</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-37393784506217983682011-11-18T22:11:00.000-02:002011-11-20T11:00:45.134-02:00Sei não<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1GQ5TlZl-jT7_00fWX5MoKTyhX3ksRs2W_whXpGOcdct5GI5TewMVHOaSCs8eTiE0PbXd5Y54F0d9VXmtiHUPBPaXGB5EMQ_GvS4zDysqGW40U-MoiK0FCNNrpSjfPsaolQR4wreUR0/s1600/peixe1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1GQ5TlZl-jT7_00fWX5MoKTyhX3ksRs2W_whXpGOcdct5GI5TewMVHOaSCs8eTiE0PbXd5Y54F0d9VXmtiHUPBPaXGB5EMQ_GvS4zDysqGW40U-MoiK0FCNNrpSjfPsaolQR4wreUR0/s400/peixe1.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
Não sei se a culpa é da percepção de que três décadas de uma vida passaram e pouco foi feito. </div><div style="text-align: justify;"><br />
Não sei se é o momento de readaptação após voltar de um lugar onde eu gostaria de ter ficado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
Não sei se são os oito quilos a mais que me fazem repelir as imagens refletidas em espelhos - ou em vídeos que insisto em fazer para o trabalho. </div><div style="text-align: justify;"><br />
Não sei se é uma crise geral por não conseguir imaginar que um dia conseguirei ganhar dinheiro para comprar um apartamento meu e poder quebrar todas as paredes, além de colorir as que sobrarem. </div><div style="text-align: justify;"><br />
Ou dinheiro para conhecer o mundo, já que aos 30, não pisei em sequer um décimo das terras estranhas que gostaria de ter entre meus dedos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
Não sei se é a falta de iniciativa para pôr em prática todos os planos mentais que fiz para minha vida. </div><div style="text-align: justify;"><br />
Não sei se é a culpa pela preguiça. Ou a culpa pela eterna culpa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Só sei que hoje senti falta de escrever. </div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-10589557738553261382011-11-18T21:57:00.000-02:002011-11-18T21:58:07.941-02:00O que ando fazendo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/teAuC5w0I88?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://1.gvt0.com/vi/tY_tfkYq1WE/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tY_tfkYq1WE&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/tY_tfkYq1WE&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object></div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-2277133587960948342011-09-21T11:35:00.000-03:002011-09-21T11:35:41.057-03:00A vida sem Charlie Harper<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsxj5Tfwm8L6cNKpM1z3qq8ptVyWTY3DMqdTwRwNxhwEsutG3bg16HRin6ob-LlfrIvw-jdmPTcu6eZmIgLi-OgFUmV3rspUemED81YQupAYsePTk7LlJqGvM_PMGXkjwVzDpABNQj4dE/s1600/Two-and-a-Half-Men.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsxj5Tfwm8L6cNKpM1z3qq8ptVyWTY3DMqdTwRwNxhwEsutG3bg16HRin6ob-LlfrIvw-jdmPTcu6eZmIgLi-OgFUmV3rspUemED81YQupAYsePTk7LlJqGvM_PMGXkjwVzDpABNQj4dE/s320/Two-and-a-Half-Men.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Gosto muito de seriados mas, definitivamente, não gosto tanto das comédias. Simplesmente não consigo ser atraída de um jeito como sou pelas outras, de diferentes temáticas. Mas é fato que, por mais que ache bacana e divertido, não me dedico a tentar assistir todos episódios, acompanhar e ficar ansiosa com o que está por vir. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nunca fui assim com <i>Friends, Will & Grace, Everybody Loves Raymond, Big Bang Theory, How I Met Your Mother</i> etc. No máximo <i>Love and Marriage, The Office </i>e <i>Seinfeld</i> despertaram uma vontadezinha de ver tudo mas sempre perderam espaço para outras tipo <i>True Blood, Dexter, House, CSI, Law and Order, Sex and The City, Studio 60, Pushing Daises, Ally McBeal, Wonder Years</i>...</div><div style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Com <i>Two and a Half Men</i> foi a mesma coisa. Nunca vi muito mas vez ou outra dava uma espiada. E, claro, acompanhei toda a novela <b>Charlie Sheen</b> que me deixou curiosa para assistir o primeiro episódio da nova temporada sem o Sr. Harper e com a estreia de <b>Ashton Kutcher</b> que, para mim, sempre foi uma figura semi-retardada sem a menor graça (sim, pior que Kelso em <i>That '70s Show</i>) - apesar de gato, isso não posso negar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ri muito. Loucamente. Achei as referências ao morto genias durante todo o episódio. Gostei do ritmo, gostei da cena que reuniu a mulherada de temporadas antigas, gostei de atores convidados - como o casal <i>Dharma e Greg</i>, de outra série que também não vi muito e, claro, prefiro <b>Thomas Gibson </b>(o Greg) investigando psicopatas pelos Estados Unidos em <i>Criminal Minds</i>. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Voltando ao que interessa, gostei mesmo desse episódio. Mas não consegui imaginar como será possível manter o mesmo ritmo em uma temporada inteira. Mesmo com Ashton não sendo irritante. Pela primeira vez, o achei legal, sem caretas e piadas desesperadas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E Alan (<b>Jon Cryer</b>, que pra mim é impossível não olhar e pensar em <i>Pretty in Pink </i>na Sessão da Tarde) continua provocando vergonha alheia de um jeito atraentemente insuportável. Só o half man Jake, (<b>Angus T. Jones</b>) que não teve muito espaço, mas já li por aí que isso vem acontecendo mesmo nos últimos tempos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas também, quem precisa do half quando é possível usar Kutcher pelado o tempo todo, né?</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-4028313620653350872011-09-12T13:08:00.000-03:002011-09-12T13:08:10.026-03:00Confissões de uma balzaca<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBwr0JA15OxTPW1A8mgzokMsIJ4wtu-hrMr6jDNNcgh0UgACU7oEC2u4wBigX9D8Hb5b08D5bv9a1E-xmvJlkrtddIqc1cDTPS2av79GZDOE25sf4XLeCSjy3wJCkOvzbLd60lNmedUPk/s1600/bolo2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBwr0JA15OxTPW1A8mgzokMsIJ4wtu-hrMr6jDNNcgh0UgACU7oEC2u4wBigX9D8Hb5b08D5bv9a1E-xmvJlkrtddIqc1cDTPS2av79GZDOE25sf4XLeCSjy3wJCkOvzbLd60lNmedUPk/s320/bolo2.jpg" width="193" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parabéns pra mim</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Fiz 30 anos. E estava em SP. Não tive vontade de escrever e descrever tudo o que aconteceu, apesar de ter sido um dia bom. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E agora tenho 30 anos na cidade. E me sinto como uma adolescente no auge da cegueira emocional que sonha, planeja, insiste, implora e se descabela para que o garoto desejado lhe dê o mínimo de atenção.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fico assim, esperando que Paulo (a.k.a O Cinzento) me trate bem. E às vezes questiono se realmente estou sendo insistente como uma adolescente mimada ou estou apenas agindo como uma mulher que tenta ser madura e independente o bastante para correr atrás do que quer, mesmo que vez ou outra vacile e se confunda ao pensar sobre o que quer. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Só sei que tenho 30 anos, malas espalhadas por aí e vários sentimentos que diariamente matam o tempo se divertindo cruelmente numa imensa e sinuosa montanha russa.</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-59797652907123795472011-08-17T18:56:00.000-03:002011-08-17T19:05:09.841-03:0064 quilos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMFWizkEXGYxj1mdOgyTUMwPR0FaOPEenYMwo_JiqWlqelVCpyyOpkc98qVY2z_DhG-00LlMF2B6B1ZVSGQwht6UGUGf7-czIEFt_Qw843Nr6szF3mGYNVFIhsWHb2_GStiSzk3KvijY4/s1600/DSC02379.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMFWizkEXGYxj1mdOgyTUMwPR0FaOPEenYMwo_JiqWlqelVCpyyOpkc98qVY2z_DhG-00LlMF2B6B1ZVSGQwht6UGUGf7-czIEFt_Qw843Nr6szF3mGYNVFIhsWHb2_GStiSzk3KvijY4/s320/DSC02379.JPG" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na noite de ontem, pela primeira vez desde que voltei dos Estados Unidos, abri as duas malas que trouxe de lá. E senti que minha energia foi completamente sugada. Foram quase 7 meses de coisas amontoadas e, juntas, pesando 32 kg em seus lugares determinados para a viagem, a mudança.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tive que bagunçar tudo, tirar tudo de sua suposta harmonia compactada e inundar minha cabeça de lembranças. Em alguns momentos até senti o cheiro da casa e das ruas de Davis.</div><div style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Mas além do saudosismo fui invadida por uma tristeza em forma de desespero. Pela quantidade de coisas que pulavam das malas sem o seu devido lugar de estar. Ganhei gavetas e espaços dos queridos que me hospedam mas enlouqueci só com o pensar de como será quando eu precisar sair, talvez para minha futura casa, talvez para outra casa de amigos, para desarrumar, arrumar, encaixotar, desencaixotar e começar toda a bagunça de novo, até não sei quando. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Porque, no fim das contas, tudo tem a ver com a instabilidade e consequentemente a insegurança que isso me traz.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Dormi. Acordei. Organizei tudo. E dessa vez sem peso, sem angústia. Apenas arrumei, feliz de ter gavetas e espaços na casa e nas malas que, daqui a um tempo, estarão cheias para serem levadas a outro lugar novo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E deixando o pessimismo de lado, existe sim algo de excitante e animador pelo que de novo está por vir, pelas milhões de possibilidades e por tudo o que posso fazer da minha vida.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É Paloma, continue repetindo isso para si várias e várias vezes ao dia. E aproveitando o bom de estar na Augusta.</div><div><br />
</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-90201005363502936962011-08-09T23:22:00.000-03:002011-08-09T23:24:52.542-03:00Doença<div style="text-align: justify;">Ela sente tudo. Não só na cabeça e coração. No estômago, pulmão, na perna direita, nas duas mãos. Às vezes ela nem percebe que seu sentir provoca dores e sintomas parecidos com vírus, infecções e inflamações. Outras vezes ela se confunde pelo tal sentir e ignora bactérias e outros motivos fisicamente reais para preocupações. Ela cria labirintos, buracos negros e poços sem fundo dentro de si. E vez ou outra vira pelo avesso, se perde e é sugada para as profundezas do seu eu, sem encontrar um fim. </div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-57382698965630245962011-08-09T10:30:00.000-03:002011-08-09T10:30:12.748-03:00A crise<div style="text-align: justify;">Coisas que passam pela cabeça antes de voltar para SP:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Pq vou fazer isso de novo?</div><div style="text-align: justify;">- Será que vale a pena?</div><div style="text-align: justify;">- Será que é a escolha certa?</div><div style="text-align: justify;">- Pq vou fazer isso de novo?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Além de um filme de como foi a minha vida na cidade, em vários aspectos. O filme tem de tudo: drama, romance, suspense, comédia, questionamentos cult e até ficção científica.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E me sinto sozinha. E me sinto rodeada de gente. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E sinto o estômago virar. E sinto o coração apertar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aí volto a pensar de novo: "será que vale a pena?".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Só dá pra saber tentando.</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-32477783895553122132011-08-08T08:37:00.000-03:002011-08-08T09:44:19.068-03:00Contagem regressiva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHk2zQpkpEgr9eer_zmZFQYCuJE1QTBagaFL7nVxi8I7peExZXDznJlz5FPBPDkV1kW3JFsi6YAmOvmc8Q-x74QugaNeHdul9bShYU1h8QH1IPjUg0jtVI7m_qSy6XbKe60FO0oYmB2TE/s1600/paloma-de-la-paz-picasso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHk2zQpkpEgr9eer_zmZFQYCuJE1QTBagaFL7nVxi8I7peExZXDznJlz5FPBPDkV1kW3JFsi6YAmOvmc8Q-x74QugaNeHdul9bShYU1h8QH1IPjUg0jtVI7m_qSy6XbKe60FO0oYmB2TE/s320/paloma-de-la-paz-picasso.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Faltam poucos dias para o meu aniversário de 30 anos e menos ainda para outro recomeço de vida.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Foram mais de seis meses na Califórnia e mais de um mês em Salvador. Talvez mais tempo do que deveria ter sido. Mas saber exatamente o que deveria ter sido está muito além das minhas habilidades de simples mortal cheia de defeitos e inseguranças.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas agora, assim como fiz no início de 2008, volto para a "cidade grande", a imensa cidade, sem nada. Nada da matemática básica: trabalho + dinheiro + casa = segurança.</div><div style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Volto com mais amigos, carinhos e acolhimento. Volto com mais experiência no que me aguarda, esperando que isso ajude a diminuir meus medos e desespero tão característicos às mudanças. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sei que sofrerei com a espera por respostas aos currículos enviados. E quando essa agonia passar e o emprego aparecer, sofrerei mais ainda com a busca por apartamento - isso é algo que me consome e acho que nunca será diferente (talvez só quando finalmente for rica e puder pagar por qualquer imóvel que eu gostar).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nesse meio tempo voltarei a caminhar muito pelas ruas do centro. Comerei pizza boa em qualquer lugar, irei mais vezes ao cinema nos dias de ingresso barato, tomarei cerveja com os amigos - porque na pobreza eu tomo cerveja para socializar e me acalmar -, falarei bastante, darei gargalhadas e chorarei vez ou outra. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Voltarei a gostar da cidade. Falo mal, digo que não gosto, mas sinto falta. Não sei se dela ou da minha vida nela, mas sinto falta. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Hoje tento me preparar para tudo, sabendo que de pouco adianta ter tantas previsões na cabeça: é só no dia a dia, no dormir, acordar e me reconhecer naquele novo contexto que saberei, aos poucos, qual é o meu lugar no mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sim, os 30 estão chegando. E eu também.</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-40591409666446279642011-07-19T07:51:00.000-03:002011-07-19T07:51:37.431-03:00A minha roda viva<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL5o31XjMXu6Yym5HrucRE9nOI_UO7NGye_uUmDu4cO-Jiq4cEN-vfFsSOP-SLy9pFYCYJrjQf0Egp9FbLgK1hKI049rAzzqXFooFDQBq6PzzWgdpoc_j_Wrq1RZ72xsFoCLbLkLnxT7Y/s1600/DSC02234.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL5o31XjMXu6Yym5HrucRE9nOI_UO7NGye_uUmDu4cO-Jiq4cEN-vfFsSOP-SLy9pFYCYJrjQf0Egp9FbLgK1hKI049rAzzqXFooFDQBq6PzzWgdpoc_j_Wrq1RZ72xsFoCLbLkLnxT7Y/s320/DSC02234.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="text-align: justify;">Dois turistas passaram o dia andando na linda San Francisco. Subiram e desceram ladeiras, atravessaram parques, passaram por ruas sinuosas, vistas panorâmicas, cafés aconchegantes e bairros interessantes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em um determinado momento, meio perdidos meio achados, resolveram pegar um ônibus e voltar ao centro da cidade, onde o hotel ficava, longe de onde estavam, perto de um ponto do mar que ainda não tinham encontrado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Do lado errado da rua decidiram pegar o transporte, sabendo que ele daria uma volta maior, para aproveitar um pouco mais o passeio por ruas desconhecidas que levavam ao litoral.</div><div style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">E casas novas foram passando, pessoas diferentes andando e o mar se aproximando, assim como o fim da linha. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sobraram apenas os dois turistas em um ônibus duplo, imenso, como uma centopéia gigante. No fim dessa linha perguntaram ao motorista se continuariam e voltariam ao centro, como planejado. Souberam então que aquele era o fim do expedimente para o homem e seu instrumento de trabalho: o ônibus iria para a garagem e ele, para casa. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os turistas, com cara de turistas perdidos, não sabiam o que fazer. E foi aí que a magia aconteceu. Sem ter porquê, pelo simples e puro gesto de gentileza, o motorista - sempre sorridente e simpático - atravessou a cidade com seu ônibus centopéia fechado exclusivamente para eles e os deixou no centro. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E foi assim que recebi a carona mais sensacional da vida e me despedi, declarando todo o meu amor pela Califórnia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Agora estou em Salvador, com uma esquisita sensação confortável por não me esforçar para entender o que dizem, aconchegada com o sotaque igual ao meu e a comida boa, tenho quatro dentes a menos na boca e me recupero, quietinha no meu canto, de uma série de mudanças bruscas que bagunçam a cabeça. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Larguei tudo para ir e agora é hora de recomeçar. Tentando me convencer de que, se não fosse assim, acharia minha vida sem graça.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigrcXSFWBFBArxW_BzHFt-e0-QjyamFpuF3rlN4qFgEXwuNYKsb0VibuOUbuVHYP640maJFUKBl4pLUAwc-7GQKjFMo4i9hPXRq43IMBthYC9ijrHp1aS_tNW4nMbT2PcB7l1OaU2pyBA/s1600/DSC02313.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigrcXSFWBFBArxW_BzHFt-e0-QjyamFpuF3rlN4qFgEXwuNYKsb0VibuOUbuVHYP640maJFUKBl4pLUAwc-7GQKjFMo4i9hPXRq43IMBthYC9ijrHp1aS_tNW4nMbT2PcB7l1OaU2pyBA/s320/DSC02313.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As cores da casa baiana</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-70670004827956769712011-07-17T10:55:00.000-03:002011-07-17T10:57:22.410-03:00De onde vem a ficção<div style="text-align: justify;">"Ela pensou muito. Mais do que o seu normal de pensamentos obssessivos e constantes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Participou de conversas imaginárias, escreveu listas, desconstruiu teorias, reconstruiu sentimentos e traçou planos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Finalmente ela começou a acreditar que o seu pensar poderia fazê-la feliz."</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-41334285607429367052011-05-26T10:40:00.000-03:002011-05-26T13:27:49.801-03:00Vendo a banda passarTodos os finais de tarde, de todas as quartas-feiras, são assim:<br />
<div><br />
</div><div><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="326" src="http://www.youtube.com/embed/cX0FYhMeR58" width="480"></iframe><br />
<div><a name='more'></a></div><div><br />
O <i>Farmers' Market</i> acontece numa praça do centro da cidade - comida e produtos orgânicos pra vender, comida nem tão orgânica assim pra comer, bebidinhas, brinquedinhos para as crianças e música. </div><div><br />
</div><div>Toda semana, um grupo diferente toca - normalmente rock ou jazz. Essa semana, os meninos da banda da universidade passaram por lá. </div><div><br />
</div><div>Até <i>Green Day</i> - banda dos nossos vizinhos de região - entrou no repertório.</div><div><br />
</div><div><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="326" src="http://www.youtube.com/embed/zNeCzNp7sWk" width="480"></iframe></div><div><br />
</div><div>Perdão pela câmera nervosa. Esse, definitivamente, não é um dos meus talentos.</div></div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-20459751168044062962011-05-20T14:58:00.000-03:002011-05-20T15:06:53.192-03:00A novela do bacon<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6OyaR6QY2F1hK0OSecGlPy1pxH5UGHTU4gtVZUijv906t3jBs66m8dEliwP2p0g7RKzScF2wLfm6Amr4SE9pjwuwXv4EUCfvZAcKtDFICtnaPTYlhvT88ayvylcWRgVqIpvEkf88Y-e8/s1600/bacon.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6OyaR6QY2F1hK0OSecGlPy1pxH5UGHTU4gtVZUijv906t3jBs66m8dEliwP2p0g7RKzScF2wLfm6Amr4SE9pjwuwXv4EUCfvZAcKtDFICtnaPTYlhvT88ayvylcWRgVqIpvEkf88Y-e8/s320/bacon.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Camiseta Ilustrês de Rodrigo - foto de Biscaia</td></tr>
</tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ontem fui almoçar no meu restaurante preferido em Downtown: o <i>Crepeville</i>. E aconteceu uma das coisas mais surreais, e comuns por relatos de outros brasileiros que estão nos EUA: mesmo falando a palavra corretamente, com a pronúncia correta em inglês, não somos entendidos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nesse restaurante é possível montar seu crepe, escolhendo os recheios. Simples, muito simples. Comecei com: "cheese (queijo), ham (presunto), tomatoes (preciso traduzir?) and bacon". A garçonete não entendeu o último ingrediente. </div><div style="text-align: justify;"><br />
<a name='more'></a><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bacon, repeti, pronunciando do mesmo jeito que usamos no Brasil: "beicon". E ela continuou sem entender. Na quinta vez que falei a mesma palavra - a contagem é literal - comecei a questionar se bacon era bacon em inglês ou se eu estava me confundindo. Afinal, aqui, essa parte do porco não é uma especiaria exótica. Eles comem bacon no café da manhã, almoço e jantar. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas a incompreensão da garçonete foi tão grande que eu realmente duvidei do meu HD interno e pensei estar confundindo tudo e já misturando todas as línguas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em algumas situações, quando não sei falar direito alguma palavra muito específica, procuro formas de descrever a coisa. Mas pô, bacon??? Na hora, no auge do improviso, só consegui soltar um "like pork, understand?". E ela continuava me olhando com cara de interrogação. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até que repeti mais uma vez, de uma jeito já meio desesperado e, sei lá porque, finalmente ela entendeu do que se tratava. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tudo bem que meu sotaque não é como dos nativos, mas isso acaba com a auto-estima linguística de qualquer pessoa que está aprendendo um novo idioma</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se eu já tinha trauma de wafle, que aqui se fala "uófou", agora nunca mais terei coragem de repetir BACON em voz alta. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFm-JXZXYREt5r2qPJjIo0mXbjh8qMiX7_oCmt38YVRCHvT5ucXEIdOxXhPFe_v2j9CFD_95pC_JARpajCYT0aQttzjnCmheuXNRZH66udnkrIPOzUPTRhKfzeV2FFiu8Tf0a9UGhNvoc/s1600/DSC01698.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFm-JXZXYREt5r2qPJjIo0mXbjh8qMiX7_oCmt38YVRCHvT5ucXEIdOxXhPFe_v2j9CFD_95pC_JARpajCYT0aQttzjnCmheuXNRZH66udnkrIPOzUPTRhKfzeV2FFiu8Tf0a9UGhNvoc/s320/DSC01698.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Crepeville</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-34884686388033423732011-05-18T20:16:00.001-03:002011-05-18T20:19:27.610-03:00Só o Google salva<div align="justify">Esse post é bem informativo. Para quem quer descobrir uma forma de mudar o tipo de visto, estando no país estrangeiro.<br />
<br />
</div><div align="justify">Primeiro eu preciso dizer que, ou sou sortuda (o que seria bem estranho me conhecendo como conheço), ou realmente os órgãos de imigração dentro e fora dos EUA são mais simples do que muita gente disse que eram. Para mim, tudo aconteceu tranquilamente e tudo que pedi foi permitido - com os devidos pagamentos feitos, claro.</div><a name='more'></a><br />
<div align="justify">Pois bem, falando em questões práticas. Vim fazer um curso de inglês na UCDavis e tirei o visto F-1, de estudante. Ele me permitiu entrar no país um mês antes das aulas começarem e ficar aqui dois meses depois de terem terminado. <br />
<br />
</div><div align="justify">Só que eu, que vim encontrar o namorado, queria ficar mais tempo com ele - quer dizer, mais tempo treinando meu inglês, claro. Para isso, precisaria mudar para a categoria B-2, de turista. Então, como no próprio curso tinha uma pessoa responsável pela imigração, fui perguntar como deveria agir.<br />
<br />
</div><div align="justify">A resposta que recebi foi a seguinte: "para trocar de visto SÓ saindo do país e entrando de novo, com visto de turista". Insisti e ouvi que NÃO EXISTE NENHUMA OUTRA POSSIBILIDADE DE FAZER ISSO. </div><div align="justify"><br />
Pois bem, desconfiando dessa certeza, comecei a vasculhar na internet e caí no site da imigração. E lá, encontrei muito simples e claramente explicações e formulários sobre como pedir mudança de visto, já estando no país. <br />
<br />
</div><div align="justify">Preenchi os tais formulários e escrevi (como vocês já sabem) que gostaria de ficar aqui junto com meu namorado - que voltaria para o Brasil só em julho - para viajar e treinar mais meu inglês. Mandei meus documentos, os de Rodrigo, os comprovantes bancários que juntei no ano passado para pedir aprovação da escola e, claro, paguei U$290 sem nem ter certeza se a resposta seria positiva. Mas você paga só para mandar os papéis. Aqui você só não paga pela água em bares, restaurante e lanchonetes. Só isso é de graça.</div><div align="justify"><br />
A estimativa de tempo para resposta era de 2 meses e meio. Em um mês - extamente - recebi a confirmação da mudança feita. </div><div align="justify"><br />
No fim das contas, a lição que fica é: nunca acredite nas pessoas. Confie no google. </div><div align="justify"><br />
Segue o <a href="http://www.uscis.gov/portal/site/uscis" target="_blank">site da imigração</a>, caso alguém se encontre na mesma situação que eu e precise de informações.</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-15615580890246476932011-05-11T13:03:00.000-03:002011-05-26T13:04:54.056-03:00Quando criei asas de corrente<div style="text-align: justify;">Acompanhando uma amiga que pela primeira vez veio conhecer minha casa, atravessei a rua e, num fim de tarde, fui até o parque.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ele fica apenas do outro lado da rua e eu não consigo lembrar quantas vezes estive lá, de tão poucas que foram. Claro que com o inverno tudo ficava mais difícil, principalmente para alguém como eu que sofre com o frio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas a primavera chegou e não faz pouco tempo. E a cada dia, assim como as ruas da cidade, o Community Park de Davis fica mais bonito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<a name='more'></a><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois a noite estava chegando e nos limitamos a uma pequena parte, com brinquedos de madeira para as crianças. E seguindo a amiga, experimentei a sensação de brincadeira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O melhor de tudo? Voar. Quando bati os olhos no balanço, imediatamente tive vontade de tomar impulso, como fazia há muitos e muitos anos atrás. E foi o que fiz. Voei. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Difícil foi aterrissar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtWXgxKKROGjIOPk6BsDaB09iad86K40oNbrvSYMxTh3hJJ44vIRb2liWIWwMYkBNt7ldclcUu8jYY68LMOSehTjL9e4pn1CEdOCAjnQRNb7zUThyphenhyphenyoMYAVnlzsBA6yvmnib3GP4p_yAA/s1600/DSC01331.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtWXgxKKROGjIOPk6BsDaB09iad86K40oNbrvSYMxTh3hJJ44vIRb2liWIWwMYkBNt7ldclcUu8jYY68LMOSehTjL9e4pn1CEdOCAjnQRNb7zUThyphenhyphenyoMYAVnlzsBA6yvmnib3GP4p_yAA/s320/DSC01331.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sem foto do parque, mostro a rua que foi atravessada</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-26220636779583252422011-05-03T21:00:00.000-03:002011-05-03T21:08:17.697-03:00O carnaval para Osama<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjorh-vK_P3ZcV83GyZRlDTH7OGVtV4yHP9oU3_EIqtDh_97SnQZZUJ2kr6da1uXWxlvKI_IEVCkM5GTqVfc_lNEk7ekCE2rAj3BBbPNfVTtLlTyCrUs2r9KgC91f6TmHH7pHa1cSAJT7g/s1600/alg_oprah_obamas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjorh-vK_P3ZcV83GyZRlDTH7OGVtV4yHP9oU3_EIqtDh_97SnQZZUJ2kr6da1uXWxlvKI_IEVCkM5GTqVfc_lNEk7ekCE2rAj3BBbPNfVTtLlTyCrUs2r9KgC91f6TmHH7pHa1cSAJT7g/s320/alg_oprah_obamas.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No domingo à noite, quando soube da morte de Osama Bin Laden não saí enlouquecida pela rua enrolada numa bandeira dos Estados Unidos para comemorar com meus vizinhos. Nem sei se os vizinhos estavam na rua comemorando. A rua estava calma e silenciosa; assim continuou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Segunda-feira não precisei ir no campus e como boa preguiçosa que sou, aproveitei para ficar em casa. Portanto, ao vivo, também não vi nenhuma manifestação sobre o acontecido. Rodrigo me contou que, nos momentos em que ele esteve fora da biblioteca, também não viu nada diferente do normal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<a name='more'></a><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas durante o dia fiz questão de acompanhar pela TV local - até onde pude suportar - todas as notícias sobre a "tão esperada captura do inimigo público número 1" dos estadunidenses.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vi imagens de pessoas nas ruas comemorando de um jeito semelhante ao carnaval, reveillon, Copa do Mundo, ou no caso, Super Bowl. Vi Obama discursando e um assessor careca da Casa Branca respondendo às perguntas dos jornalistas; vi um âncora grisalho e famoso da CNN (o mesmo que há pouco estava em Londres cobrindo o casamento real) entrevistando várias pessoas no meio das obras onde ficavam os dois prédios do World Trade Center. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vi um programa feminino, tipo o Saia-Justa, com atrizes e comediantes sentadas ao redor de uma mesa falando "como os filhos delas agora poderiam finalmente sentir alívio e orgulho do país que VINGOU as vítimas e suas famílias do 11 de setembro". E por fim vi Oprah reprisando um episódio especial do seu show com o casal presidencial.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E assustada busquei, para relaxar, seriados leves como Criminal Minds, CSI e Law and Order afinal, ali, pelo menos tudo fica na ficção.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Acho absurdo que um assassinato seja comemorado; que seja exaltada essa noção de vingança e que tudo é justificável para derrotar os inimigos. Porque esse assassinato foi uma vingança. E, se formos pensar em números, comparando quantos inocentes morreram no 11 de setembro, e quantos morrem até hoje no Oriente Médio nas mãos dos soldados e suas bandeiras tricolores e estreladas, fica fácil definir de que lado vem a maior atrocidade. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas tudo sempre foi justificado: prender, torturar, invadir, perseguir e assassinar. E agora, mais do que legitimado. Guantánamo ainda vai continuar ativa? As tropas continuarão no Afeganistão para que os soldadinhos dêem a cara a tapa e sejam torturados e mortos pelas famílias que tiveram pais, mães, filhos e amigos assassinados por suas mãos? Porque eles também deveriam ter esse direito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Isso me deixa assustada. O direito de matar sem julgar. De tomar sem pedir. De bater sem ter porquê.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Obama agora garantiu sua reeleição, é o que todos dizem. Mas o mundo não se tornou um lugar melhor porque, finalmente, Bin Laden foi encontrado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu disse que não vi as tais manifestações repugnantes que citei; mas um aluno da UCDavis viu e publicou um belo texto sobre isso no jornal na Universidade. Para ler, clique <a href="http://theaggie.org/article/2011/05/03/guest-opinion-uc-davis-response-to-bin-laden">aqui.</a></div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-84617608381262182732011-05-02T14:54:00.000-03:002011-05-02T14:56:49.969-03:00Complexo de Cinderela<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdWnjC0tdhRshQji14KEKQj2-ir2ShRwbQzudW6mjbOKb1wG-XDK7LlleGfpqqO6ujeKSxcuwdNk9WR86SCbuszq7ZOuq1WbGhGod1NrSdPAsNMEVljhPZKWUKv1u3FAWJHpT_hYpSprU/s1600/keep-calm-harry-is-still-single_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdWnjC0tdhRshQji14KEKQj2-ir2ShRwbQzudW6mjbOKb1wG-XDK7LlleGfpqqO6ujeKSxcuwdNk9WR86SCbuszq7ZOuq1WbGhGod1NrSdPAsNMEVljhPZKWUKv1u3FAWJHpT_hYpSprU/s320/keep-calm-harry-is-still-single_large.jpg" width="251" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">No final de semana eu descobri que o cabelo de <b>Kate Middleton </b>há alguns anos era mais cacheado, onde ela nasceu, como seus pais se conheceram, o nome dos seus irmãos, os esportes que ela praticava na escola, as escolas onde estudou e seu gosto duvidoso para escolher roupas em desfiles de moda na universidade - mas que funcionaram muito bem para agarrar um membro da realeza britânica.</div><div style="text-align: justify;"><br />
<a name='more'></a><br />
</div><div style="text-align: justify;">Descobri também que o tal membro da realeza britânica ficou menos bonito com o passar do tempo, não gostava do curso de história da arte, adora a África, sente falta da mãe, não gosta de paparazzi e tem até um emprego como piloto de helicóptero para resgate de pessoas em perigo. Nobre.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas depois da verdadeira enxurrada de informações na TV sobre mais um casal que trocou alianças e juras de amor eterno no mundo, descobri mesmo que o mais importante é que <b>Harry</b> ainda não casou. E o sonho de virar princesa e viver um conto de fadas (culpa da <i>Disney</i>?) continua intenso na cabeça e coração de muitas mulheres por aí. Por aqui. Por todo lugar.<br />
<br />
</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-90266875050545444702011-04-18T15:06:00.000-03:002011-05-02T14:57:28.017-03:00Eles também vendem o peixe<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>As universidades nos Estados Unidos realmente são muito interessantes. Um mundo à parte, sabe? E é muito bacana poder acompanhar isso no dia-a-dia - e olhe que nem sou aluna, apesar de estudar inglês e agora fazer yoga no campus. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As boas são caríssimas. Mas não é um caro tipo<i> FAAP</i>; é caro muito caro mesmo. Parece que a <i>UCDavis</i> cobra mais de 40 mil dólares por ano. Por aluno. Sabendo disso, agora faz todo sentido todos os diálogos que cresci vendo na <i>Sessão da Tarde</i> sobre a importância de guardar dinheiro para que os filhos possam frequentar a universidade aqui, ou o desespero de quem tenta ganhar bolsa por atividades extra-curriculares, boas notas ou esportes. Mas também aqui estão algumas das mais importantes universidades do mundo, com algumas das mais importantes pesquisas e dos mais importantes pensadores. </div><div style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Pois bem, todo ano, algumas dessas universidades (confesso que não sei se é uma prática de todas) promovem o <i><b>Picnic Day</b></i> que, segundo ouvi de uma das minhas professoras, é um tipo de "open house" para que as pessoas possam conhecer o que é feito no ambiente acadêmico. E isso serve para que alunos de diferentes cursos saibam o que o pessoal do prédio do lado inventa, para que quem mora na cidade saiba que diabos esses meninos cheios de livros e laptops tanto estudam e, principalmente, para que futuros alunos, acompanhados da família toda, possam decidir para onde irão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É bem estilo aqueles eventos que temos nas escolas e universidades brasileiras, sei lá, tipo feira de ciências ou semana de alguma coisa, só que em maiores proporções. No caso de Davis é literalmente maior porque aqui fica localizado o maior campus das UC's (Universidade da Califórnia) em termos de área. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhPZ2-5tIOKMklETWzUldwxH0LUg3oMlAdW2h3SMa5Bf5n-GdR2IxeKnrMvS4WHgZKmySGUp0fePo1VAhpAADCGPhXfJO1Iwabl3L6zKS4tl9OTb8pd0Xd22eaaxlJ1iWP0nQTQ7-QIJI/s1600/DSC01571.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhPZ2-5tIOKMklETWzUldwxH0LUg3oMlAdW2h3SMa5Bf5n-GdR2IxeKnrMvS4WHgZKmySGUp0fePo1VAhpAADCGPhXfJO1Iwabl3L6zKS4tl9OTb8pd0Xd22eaaxlJ1iWP0nQTQ7-QIJI/s320/DSC01571.JPG" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Então, no sábado passado, você poderia ver corrida de cachorros, andar a cavalo, tirar leite de vaca, pegar em répteis (e até adotar um), ouvir pelos menos umas 30 bandas de estilos diferentes tocando em vários palcos espalhados pelo campus, fazer desgustação de pão, mel, vinho, sorvete - tudo fruto de pesquisas e com receitas diferentes e inovadoras, ganhar brindes ou só sentar no gramado e observar todas as figuras diferentes e interessantes que circulavam por lá. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Confesso que de tudo o que vi, sem dúvida nenhuma, do que mais gostei foi a batalha de bandas. Sabe as bandinhas que nos filmes vemos abrir os jogos de futebol, normalmente compostas pelos nerds/losers? Pois é, não sei se os integrantes sofrem bullying dos jogadores ou cheerleaders de verdade, mas que parecem ser muito legais tocando músicas do Muse e Foo Fighters, isso parecem. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLxhe_9aFku-dT7XLGwpdKZLaGhPFobgpdxfIkjPY9mMioAPajfjSy7Wzm596Naclfx1mGLDj7XvxUZ4XAbapkPOcciMqT0OH8mrrN8AkbtaMKjIeEKcJqW36OarCrnQJ4SZjXmYkfNRo/s1600/DSC01610.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLxhe_9aFku-dT7XLGwpdKZLaGhPFobgpdxfIkjPY9mMioAPajfjSy7Wzm596Naclfx1mGLDj7XvxUZ4XAbapkPOcciMqT0OH8mrrN8AkbtaMKjIeEKcJqW36OarCrnQJ4SZjXmYkfNRo/s320/DSC01610.JPG" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">E a batalha funcionava da seguinte maneira: umas 5 bandas (cada uma representando uma universidade diferente), ficavam lado a lado no Arboretum - lugar bacana, com laguinho, patinhos e muito verde. Cada uma, com roupas diferentes, fantasias e tudo o que fosse possível para chamar a atenção do público, começava a tocar uma música e assim que terminava, a outra já soltava os primeiros acordes e assim seguiam em sequência, sem paradas, sempre indo e voltando da primeira até a última. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Foi muito legal de ver, pela músicas, pelas dancinhas e pelo climão divertido do lugar. Em um determinado momento, virou jam session e as bandas se juntaram e se separam ao mesmo tempo: ao invés da divisão feita para a competição por escola, eles se reuniram em grupos por instrumentos e, enlouquecidos, começaram a tocar, se jogar no chão, correr em volta do lado e tudo o que fosse possível fazer enquanto tocavam seus instrumentos. Delirei, confesso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;">Durante a semana pré-picnic, vi vários avisos sobre a proibição de bebidas alcóolicas no evento; aqui já é proibido beber na rua. Lá não seriam vendidas bebidas e até panfletos descrevendo sintomas de intoxicação por álcool foram distribuídos. Fora os avisos de multas pelas mais diversas infrações, como fazer xixi na rua, por exemplo. Passei a semana meio assustada, com a descrição feita pelos "nativos" de que a universidade ficava completamente lotada, que o número de pessoas que circulavam por lá era maior do que o número de habitantes da cidade inteira, etc. Certo, mas para quem cresceu no carnaval na Bahia, digo com toda a autoridade: foi tranquilíssimo com espaço à vontade para todo mundo deitar e rolar na grama. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas é claro que depois do picnic, lá para o fim da tarde, início da noite, o que mais se via nas casas ao redor do campus - principalmente fraternidades -, eram os copinhos vermelhos usados para cerveja e os "adolescentes" embriagados gritanto pela ruas. Mas cheiro de xixi, realmente, não senti.<br />
<br />
</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-8984126073738458142011-04-13T15:20:00.000-03:002011-05-05T15:56:26.736-03:00Aquela dança<div style="text-align: justify;">Era a "noite da salsa". Ele foi para encontrar os amigos; ela, para estar com ele e quem sabe até conseguir uma dança. Chegaram cedo. Os amigos apareceram e a conversa se desenrolou com alguns copos de cerveja e taças de vinho. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até que, como era esperado, mesas começaram a ser retiradas do centro do bar. Alguns dos seus amigos, percebendo a movimentação, partiram em retirada, prevendo o que aconteceria a seguir. Ele, apesar do pavor provocado pela dança, por qualquer tipo de dança, continuou ali, por ela.</div><div style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">O salão encheu através do chamado de uma professora oriental que anunciava ser expert em ritmos latinos. E todos seguiam seus movimentos, alguns dominando completamente o que acontecia, deixando claro que eram frequentadores assíduos do lugar nas noites de terça. Ela tentava e vez ou outra se atrapalhava, principalmente por cair na gargalhada ao observar tipos estranhos do seu lado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ele, acreditando ter se livrado do tormento, observava a dança de longe, com os pés fincados no chão, quase tornando-se parte da mesa. Até que casais se formaram; ela então fez charminho, biquinho, piscou os olhos e sorriu pedindo sua companhia. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ele, contrariado, foi para fazê-la feliz. E tentou, não por muito tempo, acompanhá-la com passos desengonçados. Ela também tentou conduzí-lo na dança mas sempre se desconcentrava; apaixonada do jeito que estava, olhava para ele, em sua tentativa torta de agradá-la, e se perdia de amor. E assim a dança de erros e acertos não durou mais do que dez minutos até que, juntos, voltaram para casa com mãos, braços e pernas entrelaçados, marcando movimentos perfeitos de dois em um. <br />
<br />
</div><div><br />
</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-14224090575419803162011-04-05T19:49:00.000-03:002011-05-02T14:57:53.787-03:00Os microshorts que me levaram para a Yoga<div style="text-align: justify;">Sou preguiçosa. Muito. E antes que alguém pense logicamente pelos estereótipos grudados no cérebro "claro, você é baiana!", digo logo que assim como a maioria dos baianos que conheço, trabalho muito e loucamente, muitas vezes até mais do que deveria. Mas se é pra ficar em casa eu fico e não quero sair nem por decreto. E fico feliz por não fazer absolutamente nada - claro, até um nível aceitável para manter minha sanidade. Mas tenho preguiça vez ou outra de me mexer. Imagine de fazer exercícios físicos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois bem, quando cheguei nos Estados Unidos era inverno. Frio. Casacos. Muita roupa. Eu, gordinha que estou (cerca de 10 kg acima do que considero ser meu peso ideal), me sentia mal mas conseguia disfarçar bem meus excessos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois a primavera finalmente chegou. E com ela, o calor. E não é qualquer calor, é o calor californiano que faz com que as mulheres frequentem a Universidade semi-nuas. É sério. Depois falam das brasileiras. Mesmo com o calor de Salvador eu NUNCA vi nenhuma menina assistir aula com um short do tamanho dos que vejo por aqui. São calcinhas. E é super normal, e elas são super bem resolvidas. Acho ótimo, nesse sentido.</div><div style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><br />
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<div style="text-align: justify;">Mas eis uma coisa curiosa: sabe aquela história de que os estadunidenses são os mais obesos do mundo? Eu acredito, mas sei que pelo menos "na minha cidade" praticamente não existem representantes dessa estatística. Todo mundo aqui corre. TODO MUNDO. Se não correm, além de usar bicicleta como meio de transporte, praticam vários esportes (até porque os esportes são mega importantes para as universidades e para os estudantes que garantem bolsa). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E as mocinhas, magras com shortinhos, não têm celulite. É sim, uma triste verdade, pelo menos para mim, 10 kg acima do peso, porque garanto que os rapazes daqui não se importam.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois bem, prevendo a depressão iminente com a chegada da primavera, me matriculei na <i>YOGA</i>. Confesso que além de começar a me movimentar também escolhi essa atividade pela parte da meditação, para tentar acalmar um pouco minha ansiedade - que, além da gastrite, me faz ter mais vontade de comer pão e sorvete do que nunca. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nunca havia feito Yoga na vida e hoje tive a primeira aula. Em inglês. Vez ou outra não entendia absolutamente nada do que era dito pela professora simpática - que vez ou outra me perguntava como era determinava palavra em português -, mas nada que não se resolvesse olhando para as coleguinhas e copiando seus movimentos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Claro que nos momentos de olhos fechados, ao invés de relaxar eu entrava em pânico pensando "será que todo mundo está me olhando ou fazendo algum movimento que eu não entendi que deveria fazer???" - mas se não fosse assim, com essa dose de paranóia e neurose, não seria eu. </div><div style="text-align: justify;"><br />
Pelo que pude perceber, além da língua falada, não existe muita diferença do que já vi retratado no cinema e TV. Reconheci vários movimentos que fiz e fiquei feliz com isso. Sempre achei bonito de se ver.<br />
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Gostei bastante da experiência. Sempre ouvi coisas boas e ruins sobre Yoga; gente que adora e gente que odeia. Paguei pra ver e me senti bem. Gostei da coisa de alongar, de respirar, de parar e relaxar. E saí exausta e suada com a sensação de começar a virar saudável.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Claro que se eu quiser usar shortinhos californianos preciso acrescentar às duas vezes por semana de Yoga Radiance umas <s>várias</s> corridas e menos comida <s>gostosa</s> na minha vida; boa sorte para mim.<br />
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</div>Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8538049349442938239.post-33869673749457715242011-03-28T18:55:00.000-03:002011-05-02T14:03:27.968-03:00Minha colher de pau nessa moquecaJá li tantos textos sobre o caso "blog de<b> Bethânia</b>" que agora resolvi me pronunciar.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Pensei nos prós, nos contras, nos argumentos e contra-argumentos.</div><div style="text-align: justify;">Avaliei os números, valores, salários, tabelas, porcetagens e investimentos.</div><div style="text-align: justify;">Busquei leis, palavras, formatações, processos.</div><div style="text-align: justify;">Investiguei até a genealogia da Ministra para encontrar sentido e incluí-lo como anexo.</div><div style="text-align: justify;">Mas no final o que restou foi só fome: não de massa, como costumava desgustar Al Capone; mas de dendê, já que a máfia em questão, vive de sol, mar e dos impostos da população.</div><br />
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Ok, apelei para rimas infames. Perdão pela falta de inspiração e pouca transpiração*.<br />
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O que eu acho mesmo, a quem interessar possa?<br />
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Usar um projeto, dos grandes, como bode expiatório e ainda atribuir questões "regionais" aos motivos é estúpido e absurdo. Quer reclamar? Pegue todos os orçamentos de projetos dos artistas mais conhecidos do país, desfie um por um, tópico por tópico, valor por valor do que o Ministério permite para captação... aí sim, quem sabe, uma mobilização popular com embasamento para mudar critérios da <i>Rouanet </i>poderá ser levada a sério. Porque até agora me parece apenas uma guerra de egos para ver quem argumenta melhor em seus textos.<br />
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Já que o bafafá todo também envolve poesia, cogitei publicar um vídeo da conterrânea recitando algo. E apesar de achar que ela é uma das poucas que faz isso muito, mas muito bem, eu a prefiro cantando. Se for <i>Reconvexo</i> então, que faz meu coração cantar junto, melhor ainda.<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="326" src="http://www.youtube.com/embed/1Ewv4Kr85Us" title="YouTube video player" width="480"></iframe><br />
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* até pensei em pegar alguns dos textos opinativos que li para linkar aqui. Mas cansei de todos. Acho que a preguiça baiana tomou conta de mim (isso me trasforma em mafiosa?). Clicando <a href="http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/03/20/blog-de-poesia-de-maria-bethania-inspira-debate-sobre-projetos-brasileiros-na-web-924048888.asp" target="_blank"><span style="color: purple;"><strong>aqui</strong></span></a> você encontrará umas informações sobre o que aconteceu.Palomahttp://www.blogger.com/profile/08247430878005652052noreply@blogger.com1