Sou preguiçosa. Muito. E antes que alguém pense logicamente pelos estereótipos grudados no cérebro "claro, você é baiana!", digo logo que assim como a maioria dos baianos que conheço, trabalho muito e loucamente, muitas vezes até mais do que deveria. Mas se é pra ficar em casa eu fico e não quero sair nem por decreto. E fico feliz por não fazer absolutamente nada - claro, até um nível aceitável para manter minha sanidade. Mas tenho preguiça vez ou outra de me mexer. Imagine de fazer exercícios físicos.
Pois bem, quando cheguei nos Estados Unidos era inverno. Frio. Casacos. Muita roupa. Eu, gordinha que estou (cerca de 10 kg acima do que considero ser meu peso ideal), me sentia mal mas conseguia disfarçar bem meus excessos.
Pois a primavera finalmente chegou. E com ela, o calor. E não é qualquer calor, é o calor californiano que faz com que as mulheres frequentem a Universidade semi-nuas. É sério. Depois falam das brasileiras. Mesmo com o calor de Salvador eu NUNCA vi nenhuma menina assistir aula com um short do tamanho dos que vejo por aqui. São calcinhas. E é super normal, e elas são super bem resolvidas. Acho ótimo, nesse sentido.
Mas eis uma coisa curiosa: sabe aquela história de que os estadunidenses são os mais obesos do mundo? Eu acredito, mas sei que pelo menos "na minha cidade" praticamente não existem representantes dessa estatística. Todo mundo aqui corre. TODO MUNDO. Se não correm, além de usar bicicleta como meio de transporte, praticam vários esportes (até porque os esportes são mega importantes para as universidades e para os estudantes que garantem bolsa).
E as mocinhas, magras com shortinhos, não têm celulite. É sim, uma triste verdade, pelo menos para mim, 10 kg acima do peso, porque garanto que os rapazes daqui não se importam.
Pois bem, prevendo a depressão iminente com a chegada da primavera, me matriculei na YOGA. Confesso que além de começar a me movimentar também escolhi essa atividade pela parte da meditação, para tentar acalmar um pouco minha ansiedade - que, além da gastrite, me faz ter mais vontade de comer pão e sorvete do que nunca.
Nunca havia feito Yoga na vida e hoje tive a primeira aula. Em inglês. Vez ou outra não entendia absolutamente nada do que era dito pela professora simpática - que vez ou outra me perguntava como era determinava palavra em português -, mas nada que não se resolvesse olhando para as coleguinhas e copiando seus movimentos.
Claro que nos momentos de olhos fechados, ao invés de relaxar eu entrava em pânico pensando "será que todo mundo está me olhando ou fazendo algum movimento que eu não entendi que deveria fazer???" - mas se não fosse assim, com essa dose de paranóia e neurose, não seria eu.
Pelo que pude perceber, além da língua falada, não existe muita diferença do que já vi retratado no cinema e TV. Reconheci vários movimentos que fiz e fiquei feliz com isso. Sempre achei bonito de se ver.
Gostei bastante da experiência. Sempre ouvi coisas boas e ruins sobre Yoga; gente que adora e gente que odeia. Paguei pra ver e me senti bem. Gostei da coisa de alongar, de respirar, de parar e relaxar. E saí exausta e suada com a sensação de começar a virar saudável.
Claro que se eu quiser usar shortinhos californianos preciso acrescentar às duas vezes por semana de Yoga Radiance umas várias corridas e menos comida gostosa na minha vida; boa sorte para mim.
4 comentários:
Ahhhh Paloma, há frases no textos as quais eu me identifico muuuuuuito, outras são a cara de Digo! Impressionante! Sorte aí e aqui, como nuuuuunca acaba o calor, passei da Hora de me movimentar com meus 4k a mais.
Bjoos
Porque sou Meryenne? Sou apenas Meyre e olhe que já é muito!
paps, que massa! eu acho que combino com coisas menos 'concentradas', mas as vezes me pego pensando que gostaria de experimentar yoga. mas aqui é tão caro... não rola. já perdi quase 4kg, só com o fato de sair de casa pra trabalhar (tem a caminhada, o tempo ocioso quase que desapareceu, a ansiedade diminuiu bastante...) mas ainda quero mais. não que eu me veja saindo de microshort, mas é sempre bom perder um pouquinho mais pra poder se jogar naquela sobremesa gostosa sem neura. beijão, querida.
Boa sorte com a yoga!
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