terça-feira, outubro 12

É claro que foi o mordomo

Eu acho interessante a comoção que se criou em torno do assassinato em Passione. Li em alguns lugares que seria o novo "quem matou Odete Roitman?" - clássico mistério de Vale Tudo (que agora voltou a ser reprisada pelo canal Viva) exibida pela primeira vez em 89.

Tudo bem que são autores diferentes: Vale Tudo foi escrita por Gilberto Braga (meu preferido) e Passione é de Sílvio de Abreu, também responsável por A Próxima Vítima e Torre de Babel, que não nega seu pé no suspense.

Bom, na minha humilde opinião, Passione é uma novela muito chata que só tem alguma notoriedade por ocupar o horário nobre da Globo. Os personagens principais não têm carisma, os vilões não têm força - fora o que foi morto - os sotaques italianos são irritantes e não há nada que prenda a atenção do telespectador. Ok, existe o tal mistério do personagem de Marcelo Antony mas, fora isso, faltava mesmo uma morte sangrenta para dar uma melhorada na chatisse que tomava as noites pós-Jornal Nacional.

Só não entendo porque existiu alguma dúvida de qual seria o alvo. A Globo fez aquela frescura de gravar várias versões com personagens diferentes e divulgar para a imprensa especular mas, toda a estrutura narrativa da última semana que antecedeu o capítulo de segunda (11/10), levava a Saulo (vivido pelo gaúcho sempre machão Werner Schünemann).



Saulo aparecia só vez ou outra na trama. De repente ele tinha grande destaque em todos os capítulos, comprando briga com absolutamente todos os personagens, berrando, ofendendo, humilhando, batendo e levando ao extremo o posto de malvado que todos odeiam - tantos os bonzinhos quanto os não tão bonzinhos.

Fato é que Saulo morreu pelado em um motel. E claro, todos os suspeitos estavam com atitudes suspeitas e olhares mais suspeitos ainda. Resta agora saber se o desfecho será algo realmente interessante para ser lembrado na posteridade televisiva como aconteceu com a tão falada Odete.

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