segunda-feira, julho 26

Irritantemente irresistível

House só melhora. Alguns acham a série insuportável - provavelmente os que assistiram a um capítulo e criaram repulsa pelo personagem principal, ou que não gostam de um tipo de humor mais "ácido", ou que são hiponcondríacos mesmo.

Mas fato é que, para quem assiste desde a primeira temporada, House só melhora. Porque, apesar de ser uma série com estrutura investigativa simples (nos mesmos moldes de CSI e Law and Order), o que menos importa é a questão médica.

Tudo gira em torno da rabugisse cruel de Gregory House, sua relação sádica e às vezes até cuidadosa de uma forma "torta" com seus médicos, seu caso de amor com Wilson - o melhor amigo - e a tensão que existe com sua chefe, Lisa Cuddy. Os pacientes e suas doenças estranhas são apenas um pano de fundo que cada vez mais perdem força.

E a sexta temporada, que atualmente está sendo reprisada no Universal Channel, é um exemplo primoroso da alta qualidade da série e de como ela tem priorizado os coadjuvantes. Alguns episódios são exclusivamente dedicados a um dia na vida dos personagens que normalmente aparecem apenas em diálogos e situações quando procurados pelo "médico manco".

Descobrir o que Cuddy faz no hospital além de negar ou ceder ao pedidos de House, ou saber toda a carga que é para Wilson ser chefe da oncologia deu a impressão de que isso devia ter sido feito há muito tempo.


Nessa temporada também existe mais humor entre todos. A equipe médica e seus diferentes componentes, os amigos que passam a dividir apartamento e até mesmo o detetive Lucas reaparece e participa de divertidos diálogos. Por falar em diálogos, as conversas entre House e seu terapeuta também merecem aplausos.

E, pela primeira vez desde a estreia, o final não tem um "peso" com perdas, mortes, vícios e riscos. Dessa vez, é o amor que toma conta, por mais brega que possa soar. E mesmo assim, deixa os fãs mais que ansiosos pelo que vem por aí.

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